domingo, 3 de março de 2013

Cerejeira

Deito-me no impossível, e penso.

Se fosse ao Japão, dançaria a dança da cerejeira.



Tempo, é possível fazer-lhe um acordo?
Guardar tudo isto em silencio,
mas exposto a todas as tuas intempéries?
Segredar tudo em silencio,
até que tudo ganhe um brilho definido?


Nesse tempo todo em que as palavras estiveram tão presentes
Nada foi dito.
Nesse tempo todo em que a presença era física
A distancia se estendia.
Nesse tempo todo em que me deitei a entender
Nada entendi.
Quando falei nenhum som chegou aos ouvidos.
Coloco-me agora em silencio das palavras.
Sem nada dizer, a distancia.
É de longe que me faço presente
Não há o que ser construído em frases.


Retiro-me deste retiro
                       em silêncio.
porque agora vou falar
                       em silêncio
Pretendo lhe contar
o que tem acontecido
e a que pé está
                       em silêncio
por acaso (se) te encontrar.

    Barbara

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