terça-feira, 6 de agosto de 2013

Voraz

Fazer de ti um abrigo
Fazer das pessoas parte de algo
Enquanto se quer o todo,
todos só querem uma parte

lhe perguntei em voz alta
me responda com a face de teu pai

Encontrar descanso em você
Não vou dizer, não sou daqui
pois, ouça bem o que digo
há de andar com espinhos
sem a garganta se contrair em, nós

e quando passa, estremece
com medo que mate
te encontro na primeira curva (?)
A árvore será acesa mais uma vez,
e os tambores irão tocar
e a dança vai girar

faca nos olhos, finca-me em ti
no olho da tormenta coloco-te
imóvel
Do mais alto pico, ao mais profundo desfiladeiro
mata virgem
imóvel e intocado
O número é o mesmo,
as voltas são eternas

Atirar com a memória viva,
correr sem respirar,
pertencendo esbravejar,
comendo vivo e fresco
tudo com o olhar

Desloco-me de mim para ti
eixo muda,
o tempo vai virar
fique firme no seu lugar.




Barbara

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