domingo, 12 de maio de 2013

Material


Não começo com algo novo. Mas exatamente de onde parei no movimento de ontem. Não tive um grande insight que me lavasse, muito menos um período foi encerrado. Continuo na mesma enxurrada sem freio que descrevi no inicio do outro mês e em tudo o mais que se sucedeu. A única diferença é que agora tenho algumas chaves no bolso.


Respiro pó
Empurra
a garganta segura,
agrega.

- A linguagem expressa também (é) uma prática?


[Exigência]
Preciso ligar o fogo baixo,
tudo está assando
muito rápido.


- Como se pode estar ansioso pelo sofrimento?

Só precisa de uma sugestão absurda para aliviar a tensão do momento, e permitir a solução se aproximar.
Soluções são bichinhos delicados, não se aproximam de lugares de risco onde tenham palavras afiadas, sentimentos cortantes ou pensamentos perigosos.
Soluções são ariscas, preferem chegar de mansinho em um ambiente tranquilo, para só então serem abordadas com cordiais cumprimentos. Se forem encurraladas assim que no horizonte avistadas, desaparecem de imediato.
Não adianta chorar ou  implorar para voltarem. Elas se esconderão de baixo de uma pedra comum a sua volta, de preferência embaixo do seu nariz. E dali não sairão mais. Não adianta fingir desinteresse, elas captam seu desespero pelo cheiro.
Por isso eu sugiro a criatividade. Transforme tudo no mais absurdo que sua mente pode suportar, no mais além que suas mãos podem tocar,  até qual horizonte seus olhos podem enxergar e deixe a sensação se apoderar. Uma vez tomado pelo absurdo, a solução há de chegar.
Você nunca foi muito bom com nonsense, meu bem, deixe esta parte pra mim.



“quem pede às almas
as almas dá
filho de bemba é que não sabe aproveitar”


- O que a ti significa?

Barbara


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