terça-feira, 22 de maio de 2012

da Dança e do Canto


Todo mundo sabe dançar e cantar. Não, eu quero dizer cantar em um tom mais do que agradável e dançar de forma mais do que natural. Falo que todos podem fazer bem.

O que os impede são bloqueios de ordem psicológica e emocional, em função do quanto mais perto de nós mesmos estamos. Ao passo que é diretamente proporcional a como melhor executamos estas duas ações.

Como nomear e racionalizar este raciocínio.

Nós criamos algumas divisões para o nosso corpo; chakras, tipos psicológicos, tipos energéticos, tipos de temperamentos, sombras (...). E dentro de cada uma, sempre há uma categoria que confere apenas a nossa sensibilidade; chakra cardíaco, coronário, sinestésicos, sensitivos, fleumáticos, sombra sensória (...). E quando tratamos desta categoria, é de Dança de que estamos falando.

Dança é sugerida para ativar nossa sensibilidade, Dança é a conseqüência de quando a ativamos, Dança é o que aparece em nossos transes, meditações ou sonhos, quando a nossa cura, naquele momento, está sob os domínios da sensibilidade.

E tomo como claro que este sensível não é o carente ou aquele de significados banais e atribuições cotidianas. Mas tudo o que corresponde a um significado mais profundo; de intelectual sensível, da sensibilidade da pele que torna capaz uma boa leitura corporal, da sensibilidade intuitiva que permite tocar com um olhar (...).

Da mesma forma tudo também acontece no Canto. Para se cantar em público, de forma doce, agradável e bonita, exige-se um desbloqueio ou uma quebra de nós internos.

Porém, antes de seguirmos, sugiro um olhar direcionado para as crianças. Crianças são moles, comportam-se como geleias. Dançam e cantam sem nenhum problema, pois são desprovidas de nós, engessamentos, ranhuras, lascas e qualquer coisa que as impeça de fluir naturalmente. E além de tudo, são destituídas de Ego – ou ainda o tem em formação.

Sem o Ego, somos carentes de um ciclo que se corresponde em todos os sentidos e direções. O triângulo do Ego, Vaidade e Vergonha. Um é a causa e conseqüência do outro.

A criança que não sofre deste triângulo não vê problema em exteriorizar sua sensibilidade, através do Canto e da Dança. O resto das pessoas, criam nós e barreiras para impedir sua pulsação natural, para sufocar suas vibrações e assim adoecerem por sufocá-las.

Dançar e Cantar de forma equilibrada, é algo que todos nasceram capazes, mas como muitas virtudes que temos, perdemos ao nos afastarmos de nós mesmos. Na nossa atual realidade, crescer é sinônimo de se perder, e não se conhecer mais.

Para realizar-se, precisa-se conhecer todas as possibilidades daquele instrumento que vai se utilizar. Para viver, precisamos entender profundamente o nosso corpo, nossa alma e espírito, da superfície ás profundezas; todos os limites e todas extremidades. Do contrário, não há como aproveitá-lo e dar o nosso melhor. Isto tudo, sem levar em consideração que somos uma fonte infinita e ilimitada.

Não estou excluindo as outras formas de manifestação artística – sim, porque são estas que atuam diretamente na nossa sensibilidade – mas, as duas que estou descrevendo merecem destaque, pois exigem presença. Exigem que o corpo do sujeito esteja ali no momento.

Este texto exige da minha sensibilidade, mas não exige que eu encare os meus leitores enquanto escrevo. Há brechas para proteger minha vaidade se tentarem feri-la. Agora, ao cantar, não. Mesmo gravado, a presença da pessoa é perene.

Por fim, sem esquecer que Dançar e Cantar são ações de prazer para todas as pessoas, que por sua vez, dividem-se entre: os que fazem de forma plena; os que fazem com turbulências; que gostariam de fazer, mas acham que não conseguem; e aqueles que acham que não gostariam de fazer. Eu acuso ser impossível alguém não gostar de Dançar ou Cantar. Sim. Classifico estas duas ações como, essencialmente, intrínsecas ao ser humano.

Cuidem delas.

Barbara

Um comentário:

  1. Bárbara, perdoe a impertinência. Fui escrever um comentário à sua postagem, mas na excitação do momento a mensagem cresceu demasiadamente e resolvi torná-la postagem de meu próprio blog (fiquei com dózinha de desperdiçar uma boa idéia que poderia ser reciclada). Vai lá: http://malvistomaldito.wordpress.com/2012/05/24/comentario-a-srta-b/

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