domingo, 6 de maio de 2012

Achei aqui em casa

Achei um rascunho em forma de bilhete que dizia assim: (nunca cheguei a entregá-lo)

Na minha adolescência eu tive um anel, assim como o seu que estive usando esses dias. Ele continha doze anéis entrelaçados, como se fossem doze chaves para outros portais, outras dimensões. Era da minha mãe e passou pra mim, e assim, me roubaram no ônibus. Fiquei muito triste, imagino que nunca mais voltarei a vê-lo. Usando o seu anel esses dias, matei a saudade. Não se preocupe, não o quero. Tentarei achar outro que seja como o meu antigo anel.

*
Brincando numa folha de fichário: (não foi nem nesse ano)
A alma não é pequena, porque a alma não é.
E se ela não é, ela não pode ser, e não pode ter, e não pode ser tida, ou contida. Nada pertence à ela, logo ela não pode pertencer.
Sem eira nem beira, sem tempo, sem espaço. Sem vácuo. Sem dor, cheiro ou forma, ou forma, ou forma.
Ela é uma f(ô)rma que formou e moldou tudo e todos.
Há de ser uma alma
                     então por que nos separar?

*

Um mundo onde 3inta é a metade
De 30 em trinta
Faltam 30 minutos
Trinta minutos para
30 = 50
Dois = trinta
3 mais 0 = 3 pilares
Mundo triplamente + 0
Aos trinta a folga acaba


Só falo besteira.

Barbara

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