quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sou um personagem... Eu sabia!

A realidade é que hoje eu iria contar as minhas peripécias no Ibirapuera. Seria um post tão poético e dramático quanto David Copperfield. Contudo, um fato aconteceu antes, tomando lugar deste, agora futuro, post.

Hoje, parada em um farol da Vergueiro (São Paulo), deparei-me com algo que só podia ter saído das páginas de um livro do Stephen King; duas pessoas segurando uma faixa que dizia:

“Passando por problemas?
Drive Thru Orações á 100m”

“Hã?
Isso mesmo, era exatamente isto que queria dizer. Não era uma performance de algum aluno da Belas Artes, ou uma gravação de um CQC`eísmo qualquer, ou até um tipo de campanha política desesperada, não. Mas a religião atingindo um nível supremo.
Marx estaria tendo uma convulsão no túmulo, tentando gritar com a boca costurada e cheia de algodão; “Duhmmuyinb Eu numnhumtihu não diihumhumsse!! Humnhuiomnhu o ópio! O ópio!”.
De repente percebi que enquanto minha imaginação voava até os primeiro séculos do cristianismo, com São Paulo, em algum lugar do Mediterrâneo, organizando uma espécie de Drive Thru para camelos e cavalos, - proibindo burros, jumentos – para comprarem sua própria relíquia ou algo assim. Notei um menino do meu lado, tentando desesperadamente falar com uma motorista zumbi; eu.
Despertei num sobressalto. Ele irritado por ter sido ignorado, empurrou um dos folhetos referentes a faixa na minha direção, e se foi.
No folheto, havia um semáforo acompanhado da mensagem:
PARE
ORE
SIGA
Pensei que tudo aquilo só seria possível no momento em que as vendedoras de “CHIP DA TIM NA PROMOÇÃÃO” fossem chamadas para anunciar o fim do mundo. – Se isto tem alguma relação? Sim, porque eu nunca vi vozes mais potentes que as destas mulheres. Nem com todos os anos de teatro eu adquiri uma dicção ou projeção como a delas! Logo, não teria ninguém mais eficiente para alertar as pessoas do momento final, - a não ser que fossem Elefantes e Tsunamis, claro.
Enfim! Só quis alertá-los sobre o fato de que hoje tive minha primeira pista concreta, de que  sou um personagem do Stephen King. E se ou sou, vocês não são nada mais que isso também!
E agora sinto que preciso encerrar com uma frase para vocês, mas como uma boa personagem de King, a única coisa que vem na minha cabeça é um pensamento que penso que naturalmente não é meu, e obviamente é a voz do Axl Rose: ”When the shit hit the fan, it was all I could stand, yeah. Well I`m a frequente flyer...”.

*Este post não tem intenções preconceituosas com qualquer tipo de Religião ou com o emprego citado no texto. Mas uma iniciativa poética.
**E não, não estou tão louca quanto meu aparente nonsense.

Barbara


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