Escrevi e
rabisquei milhares de vezes. Com medo do poder do que é pensado, do que é
escrito ou falado. Decidi não mexer com aquilo que agora é sagrado (absurdo), e decidi falar sobre outra coisa...
O mundo
escorrendo
aqueles que
não se deixam mudar
hão de
escoar
para fora
deste mundo
pela beira
Já faz tempo
que estamos assim
há de mudar
a natureza
impõe
há de limpar
quem vai
ficar
Vem commala
vem
na roda
completa
há de girar
Uma voz
entoar
a
permanência cair
pelo meio
Vem commala
vem
assim não
irá ficar
há de
transmutar
Há música
no silêncio
Há voz
no nada
Há
onde não há
mais nada
E da terra
queimada
o verde
(re)aparece.
Acabei falando o que ia falar.
Barbara
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